sexta-feira, 2 de abril de 2010

piscinão de ramos?

Então, sinto que cada dia que passa vou me afundando nessa "piscina".
Eu decidi que iria entrar nela sem nenhum equipamento pra me ajudar a ficar nela. Sim, eu entrei de cabeça e estou lá embaixo.
Não quero uma boia pra ficar por cima, não quero máscara que tem aquele canudinho pra você só ficar respirando, não quero um pé de pato pra poder nadar mais rápido, não quero uma roupa pra poder me adaptar melhor e as coisas ficarem ainda melhores. Eu quero é ficar assim, como sou. Normal. De corpo e alma.
Quero ficar lá embaixo, sem ar e cada dia que passa quero ficar ainda mais, porque é assim que a gente se sente viva.
Eu entrei pra ser uma pessoa mais feliz, mais inteligente, menos triste, mais confiante, mais esperançosa, mais apaixonada, mais observadora, a que quer aprender a gostar mais de filmes, mais de história, mais de "c-walk", mais de "hip hop", a que quer aprender a fazer vitaminas, a fritar bananas de todos os jeitos e tamanhos, a colocar primeiro o feijão e depois o arroz no pratinho fundinho com um garfinho de criança, a que quer aprender a fazer uma salada de frutas tão boa quanto a do pai ,a que quer fazer um carinho no rosto enquanto a pessoa esta quase dormindo, a que quer ouvir mais curtas que foram escritos, etc.
Mas um dia eu olhei pro lado e não vi ninguém, então uma pessoa do além me puxou pra cima e eu percebi que eu estava lá embaixo SOZINHA!
Percebi que a pessoa estava o tempo todo na borda, só me vendo afundar mais e mais e ficar sem ar. Isso nem é o pior, o pior é que a pessoa está entrando cheia de equipamentos, enquanto eu, estou aqui, sem nada para me proteger porque eu não quero! Não acho justo!
Agora, eu to caminhando pra escadinha, pra poder sair dessa piscina e colocar uma cadeirinha ao lado da borda só pra ver onde essa pessoa cheia de equipamentos vai!
E sabe quem vai ser a malvada da história? eu! Por ter saido da piscina e não ter avisado.
Só que mal sabe essa pessoa, que eu passei ao lado dela e dei o último suspiro.

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